Animais silvestres são soltos na Estação Ecológica do JBB
O Jardim Botânico de Brasília (JBB) em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou nesta sexta-feira (12/11) mais uma soltura de silvestres resgatados e apreendidos pelo Ibama e pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental do DF (BPMA/DF) na Estação Ecológica do JBB. A ação foi realizada pelas equipes do JBB e do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.
Desta vez a Estação Ecológica do JBB recebeu 43 bichinhos capturados em função do comércio ilegal, atropelamentos e resgates realizados pela comunidade. Foram soltos um porco espinho (Coendou longicaudatus), um veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), cinco jabutis piranga (Chelonoidis carbonaria), oito gambás (Didelphis albiventris) e três jabutis-tinga (Chelonoidis denticulata).
Uma cobra de leite (Lampropeltis triangulum), cinco jiboias (Boa constrictor), duas cascaveis (Crotalus durissus terrificus) além de dois baiano coleiro cabeça preta do peito amarelo (Sprorophila nigricollis), cinco gaviões quiriquiri (Falco sparverius), dois canários-da-terra (Sicalis flaveola), um carcará (caracará plantus), um bigodinho (Sporophila lineola), três coleirinhos (Sporophila caerulescens), dois urubus-preto (Coragyps atratus) e um chorão (Sporophila leucoptera) também ganharam a liberdade por aqui.
A diretora executiva do JBB, Aline De Pieri, reforça que a reintrodução dos animais à natureza é uma importante ferramenta para conservação das espécies “A soltura proporciona aos animais cumprirem seus papéis ecológicos contribuindo com o equilíbrio do ecossistema e com a conservação de espécies ameaçadas de extinção”, defendeu.
O coordenador do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres do Ibama no DF, Antônio Wilson Pereira da Costa, conta que os atropelados são, em maioria, mamíferos e que as aves são as que mais sofrem com o tráfico. “A fase de soltura dos animais silvestres é gratificante pois realizamos um trabalho minucioso de recuperação para que eles voltem ao meio ambiente reabilitados”, afirmou.
A analista ambiental e veterinária do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres do Ibama no DF, Marília Nogueira da Gama, reforça que antes de retornar ao meio ambiente os animais silvestres passam por avaliação, tratamento e reabilitação para, posteriormente, serem reinseridos no habitat natural. “Fazemos um trabalho de enriquecimento ambiental para que os animais encontrem condições semelhantes as do ambiente natural”, explicou.